A FORÇA DE UM ABRAÇO

OCITOCINA: O Hormônio do Amor

A duração média de um abraço entre duas pessoas é de 3 segundos. Entretanto, os pesquisadores descobriram algo fantástico. Quando um abraço dura 20 segundos, há um efeito terapêutico sobre o corpo e a mente. A razão é que um abraço sincero produz um hormônio chamado ocitocina, também conhecido como o hormônio do amor.

Esta substância tem muitos benefícios na nossa saúde física e mental. Ajuda-nos, entre outras coisas, a relaxar, produz o sentimento de segurança e ainda acalma nossos medos e ansiedades. Este maravilhoso calmante é oferecido de forma gratuita cada vez que temos uma pessoa em nossos braços, uma criança, nossos bichos de estimação, quando estamos dançando com o nosso parceiro ou quando fazemos o papel de ombro amigo nas horas mais difíceis.

As mulheres levam vantagem nessa química. Os hormônios femininos combinados com a ocitocina tornam o hormônio do abraço ainda mais poderoso. De qualquer modo, todos se beneficiam. Com mais ocitocina circulando no sangue, durante uma situação estressante, menos cortisol e adrenalina são jogados no sangue, tornando qualquer situação mais fácil.

E o melhor de tudo: Nada indica que a produção de ocitocina vá diminuindo com o passar do tempo. Na juventude ou na velhice, ela está sempre pronta a entrar em ação. Basta ter um bom motivo.

Lá no consultório costumo abraçar quase todo mundo. Assim as pessoas se sentirão mais próximas a mim. Um dos inibidores da liberação de oxitocina é o medo. Então, se não sei o que você vai fazer, com o que você se importa, há menos chances de que eu libere oxitocina. Transparência é muito importante. Seja aberto, honesto e não minta.

Cada abraço é uma pequena vitória contra o estresse. Na luta diária, outros hormônios que nos deixam em estado de alerta perdem a vez.

NOTA 1: O hormônio do abraço
É no hipotálamo, na região central do cérebro, que a ocitocina é produzida. Até pouco tempo atrás, os cientistas sabiam só que esse hormônio tinha papel fundamental nas contrações do parto e na amamentação. Mas as pesquisas avançam rápido, e novos enigmas vão sendo desvendados. Por exemplo: animais mais ricos dessa substância tendem a ser mais fiéis em suas relações.

NOTA 2: Ocitocina provoca a redução dos batimentos cardíacos e diminui a pressão arterial.
Um dos grandes estímulos para a liberação de ocitocina é o contato físico. O abraço nada mais é do que contato físico, uma manifestação de carinho, de acolhimento. Isso não vale só entre mães e filhos. Todo e qualquer afeto tem o mesmo efeito. Pode ser entre amigos, parentes, namorados e até com o bichinho de estimação. Amar faz bem ao coração de todo mundo.

Fobias, ansiedade e desordens de estresse pós-traumático podem ser herdados dos pais ou avós

Cientistas apontam que o comportamento humano pode ser afetado por episódios vivenciados por gerações passadas por meio de memória genética.

O estudo, publicado na revista científica Nature Neuroscience, indica que camundongos treinados para se esquivar de um determinado tipo de odor passaram essa aversão a seus 'netos'.

Os cientistas constataram que o trecho do DNA responsável pela sensibilidade à essência da flor de cerejeira estava mais ativo na célula reprodutiva masculina e, sua prole, demonstrou hipersensibilidade à flor de laranjeira e se esquivaram dela, mesmo que não tenham passado pela mesma experiência. Ocorreram também mudanças na estrutura dos cérebros desses animais.

"As experiências vivenciadas pelos pais, mesmo antes da reprodução, influenciaram fortemente tanto a estrutura quanto a função no sistema nervoso das gerações subsequentes", concluiu o relatório.

Assuntos familiares

As descobertas oferecem evidência de uma "herança epigenética transgeracional", ou seja, de que o ambiente pode afetar os genes de um indivíduo, que podem então ser transmitidos a seus herdeiros.

Um dos pesquisadores, Brian Dias, afirmou que tal característica "pode ser um mecanismo pelo qual os descendentes mostram marcas de seus antecessores".

"Não há dúvida de que o que acontece com o espermatozóide e o óvulo pode afetar as gerações futuras".

O professor Marcus Pembrey, da Universidade College London, afirmou que as descobertas são "altamente relevantes para as fobias, ansiedade e desordens de estresse pós-traumático" e fornecem "fortes evidências" de que uma forma de memória pode ser transmitida entre gerações.

Diz ele: "A saúde pública precisa urgentemente levar em conta as respostas transgeracionais humanas".

"Acredito que não entenderemos o aumento nas desordens neuropsiquiátricas ou a obesidade, diabetes e as perturbações metabólicas sem esse tipo de abordagem multigeracional".

A MICROFISIOTERAPIA COMO OPÇÃO: A técnica, através da palpação na superfície da pele do paciente, consegue localizar os pontos referentes aos órgãos afetados e que estão causando sintomas ao paciente. É feita uma 'limpeza' destas memórias. Com esta intervenção, são grandes as possibilidades de reorganização do funcionamento correto das células.

Fonte: James Gallagher, repórter de Ciência e Saúde da BBC News